quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

APRILIA SRV 850 - TGV ITALIANO (reposição)


Introdução – Circular durante estes dias com a Aprilia SRV 850, fez-me perceber de novo que, no que toca a veículos de duas rodas e tal como também acontece com alguns veículos de quarto rodas, existe uma outra dimensão e uma outra realidade.

Aos comandos de uma scooter deste calibre, sem querer somos levados à dimensão onde afinal de contas, quase todos os veículos que encontramos na estrada são “chicanes” móveis e que na realidade as retas apenas são pequenos bocados de alcatrão que separam duas curvas e que são devorados pela SRV 850, de forma sôfrega e estonteante.

Estas sensações únicas levaram-me a recordar tempos passados, quando me iniciei nas lidas da escrita, com automóveis:

Algures, na passagem do século, eu era daqueles que dizia que pagar “vinte e tal mil contos” por um carro, era uma doidice, quase uma aberração, pois com esse dinheiro, já comprava um apartamento “jeitosinho”. Claro que, quando coloquei pela primeira vez as mãos num automóvel com mais de 300 cv, entrei na tal dimensão que referi atrás e a realidade veio ao de cima: sim, eu gastava vinte e tal mil contos num automóvel… (se os tivesse, é claro!) e penso que qualquer pessoa, também o faria!
O mesmo se passa em relação à Aprilia SRV 850. Olhando apenas para o seu preço, podemos dizer que não é barata, só que com ela, entramos na tal dimensão e na outra realidade que referi atrás e isso, está muito acima de qualquer valor, que tenhamos de pagar.

Já agora deixem-me confessar uma coisa: provavelmente, este vai ser para mim, o ensaio mais difícil de escrever.
Normalmente quando ensaio uma scooter, vou tirando notas do que vou sentindo, do que vou encontrando, seja positivo ou negativo, para então depois, com mais calma, fazer a devida analise, tirar as conclusões que depois passo para o computador.
No caso da Aprilia SRV 850, as notas tiradas foram mínimas, porque simplesmente, a SRV não deixava! Tê-la ali parada, enquanto escrevia uns rascunhos, era perder a oportunidade única de poder fazer quilómetros, numa máquina destas.
Mesmo depois de a entregar, tive de deixar passar uns dias, para deixar a emoção passar, assentar ideias e então sim, começar a escrever estas palavras que agora estão a ler.

Peço desculpa por esta Introdução mais longa do que o habitual, mas penso que ao lerem este ensaio, no final, irão perceber porque é que tive de me alongar mais.

Feita a introdução, vamos ao que interessa!



Design / Acabamentos - A Aprilia pertence ao Grupo Piaggio, assim como também, entre outras marcas, a Gilera. Devido a uma reestruturação interna, ao posicionamento de cada marca e também aproveitando as sinergias do grupo, A Aprilia criou a nova SRV 850, tendo como base, a Gilera GP 800.

Devido ao tal posicionamento que referi atrás, e sendo a Aprilia a marca mais desportiva do Grupo Piaggio, era óbvio que toda a influência para a criação desta nova scooter, viriam das motos desportivas da marca de Noale, em particular da SRV4.

Não é por acaso que, esta scooter topo de gama da Aprilia, tem o nome de SRV, pois a aproximação ao lado desportivo da marca é óbvia, não só no seu design, mas também em relação ao seu comportamento, distanciando-se da, mais clássica, Gilera GP 800.
Voltando à análise do design e olhando para zona frontal da SRV 850, é igual à SRV4, residindo a maior diferença, apenas nas hastes dos espelhos, que são mais longas.
Na traseira, também ela muito agressiva, vamos encontrar o farolim da conhecida Aprilia Dorsoduro, ladeado por duas saídas de ar falsas.
Seja de frente, de lado ou de trás, os genes desportivos da marca italiana estão lá e pelo que vi durante os dias que a tive na minha posse, ninguém fica indiferente às suas linhas, à sua imponência!

Em relação à qualidade dos plásticos e pintura, no geral são de boa qualidade e bem acabadas assim como a sua montagem, mas aqui e ali ainda conseguimos encontrar pequenos detalhes onde poderiam ter sido mais cuidadosos, tais como, por exemplo, a qualidade dos autocolantes que é medíocre assim como os acabamentos de algumas soldaduras, nomeadamente no suporte do descanso central.


Confesso, que sou todo “picuinhas” em relação aos pormenores e aos acabamentos, mas neste caso, “borrifei-me” por completo para estas pequenas “coisinhas” que são totalmente irrelevantes, quando o assunto dá pelo nome de Aprilia SRV 850. Querem saber porquê? Continuem a ler…

Equipamento – Os que querem uma scooter, com bastante espaço debaixo do assento e montes de gavetinhas e compartimentos para arrumarem tudo e mais alguma coisa, esqueçam, pois esta não é para vocês!
A SRV 850 é uma scooter única, desportiva e deve ser vista como tal. Não existem os habituais compartimentos para arrumação na zona frontal e todo o espaço de arrumação está debaixo do assento e… é pequeno!


Em relação ao painel de instrumentos, é já um “velho” conhecido da Gilera GP 800 e de outras scooters do Grupo Piaggio. E ainda bem que assim é, pois além de ser muito bonito, é completo e toda a informação disponível está bem visível.  
Composto por dois mostradores redondos, é no centro, no ecrã digital (LCD) de cor âmbar e também por baixo deste, onde está concentrada a maior parte das informações, senão vejamos:
No mostrador do lado esquerdo temos o velocímetro, graduado até aos 220 km/h (com graduação também em milhas) e o led avisador do “Piaggio Immobilizer”, sistema que evita que se consiga ligar a scooter, sem ser com a chave original. Este sistema, desativa-se sozinho ao fim de 48 horas para proteção da carga da bateria.

No mostrador do lado direito vamos encontrar o conta-rotações, graduado até às 10 mil rpm, começando a faixa vermelha nas 8500 rpm.

Temperatura do motor e do ambiente, relógio, odómetro total e dois parciais, são as informações contidas no ecrã digital, situado no centro do painel e que é acionado por uma pequena patilha, que se encontra situada no punho direito e também por dois pequenos botões de borracha. Além disto tudo, ainda nos dá as informações sobre quando devemos fazer a revisão e trocar a transmissão, que neste caso é constituído por corrente, cremalheira (e que cremalheira!) e pinhão de ataque.

Por baixo do ecrã digital, estão as luzes de aviso de falta de óleo ou perda de pressão no motor, luz avisadora de descanso lateral acionado, EFI, parqueamento, “piscas”, máximos, e reserva de combustível,

As manetes dos travões podem ser reguladas em 4 posições diferentes.

Por baixo do assento, com jeitinho, conseguimos arrumar um capacete integral (nem todos lá cabem), e encontramos a já habitual ficha para carregar o telemóvel, um conjunto de ferramentas e uma capa, que serve para cobrir o assento, quando chove.

Não nos podemos esquecer também do sempre útil travão de parqueamento, de fácil acionamento, situado do lado direito mesmo à frente do condutor.

Ergonomia – Quando me sentei pela primeira vez na Aprilia SRV 850, tinha a ideia pré-definida que o espaço disponível para o condutor seria acanhado, pois afinal de contas era uma scooter com características desportivas. Pois… enganei-me, sentado na SRV, tenho espaço com fartura e não se esqueçam que sou tamanho XXL.


O assento, ligeiramente mais baixo que o da GP 800, é amplo e confortável. Existe espaço suficiente para a colocação dos pés, os joelhos vão à larga, as mãos “caem” naturalmente no guiador e ainda tenho espaço disponível para colocar as “pantufas” lá mais à frente, para esticar as pernas!

O pendura tem ao seu dispor um lugar amplo com as “peseiras” retráteis bem posicionadas, podendo apenas entrar em conflito com os vincos dos plásticos laterais, se for de baixas dimensões. Mas nada como experimentar.


Os espelhos, com as luzes de mudança de direção estão bem colocados, mas deviam ser ligeiramente maiores, pois requerem alguma habituação devido às suas dimensões.

Mal começamos a rodar, sentimos que esta não é uma scooter qualquer, pois o que nos transmite, está mais perto do que é normal sentir quando conduzimos uma moto (uma boa moto!), do que uma scooter.


Quanto à proteção contra o vento… podia ser melhor. A zona frontal foi retirada da SRV4, como já referi. Só que, enquanto na desportiva vamos deitados, encolhidos atrás da cúpula e na SRV 850 vamos sentados, posição típica de uma scooter e devido a isso a altas velocidades (mesmo altas!) sente-se a falta de um ecrã mais amplo e mesmo quando nos baixamos atrás da viseira escura, o vento forte está sempre presente. 
A GP 800 neste campo era superior, pois além de proteger mais do vento, a viseira frontal tinha regulação elétrica.

O peso, 249 kg, encontra-se bem distribuído, fazendo-se sentir apenas quando a manobramos e mesmo assim nada de especial.

Agora difícil e que requer alguma prática é retirar a SRV do descanso central, pois requer alguma força. Não sei porquê, mas a maioria das scooters italianas, têm o descanso central situado numa posição mais recuada do que é habitual e isso torna mais difícil o ato de colocar ou retirar a scooter desse apoio.

Motorização – Preso num quadro composto por um duplo berço fabricado em aço e reforçado com tubos em treliça, vamos encontrar o motor de dois cilindros em V com uma abertura de 90 graus.
Tem 839,3 cc, debita uma potência de 76 cv às 7750 rpm e um binário de 76,6, Nm às 6000 rpm.
E é precisamente aqui que encontramos as principais diferenças em relação à GP800 que debita 75 cv às 7250 rpm (menos 1 cv) com um binário de 75,4 Nm às 5750 rpm (menos 1.1 Nm).
Se repararmos também existe diferença nas rotações a que tais valores são conseguidos, sendo sempre mais elevadas na SRV. E isto quer dizer o quê? Que na SRV é agora possível alongar ainda mais a aceleração pois estes valores são obtidos a rotações superiores.


Podíamos pensar que, se atingem estes valores a maiores rotações isso quer dizer que o motor ficou mais pontudo, ou seja, trabalha melhor a altas rotações, perdendo nas baixas. Seria verdade de fato, se os técnicos da Aprilia, não tivessem feito mais alterações, nomeadamente na introdução de mais uma sonda lambda (agora tem uma para cada cilindro) e alterado o mapeamento do sistema de injeção, colmatando dessa forma aquelas pequenas hesitações que eram sentidas na GP 800 e que, tantas dores de cabeça, deu a muitos mecânicos.
Não é que o motor falhasse, ou fizesse algum tipo de “poço, mas por vezes eram sentidos alguns soluços que desapareciam quando as rotações subiam. Muitos nunca notaram nada, mas alguns, os mais experientes queixaram-se inúmeras vezes que isso acontecia.
Sabedor desse pequeno “problema” da GP 800, tentei perceber se na SRV acontecia o mesmo e… nada, o trabalhar é certo, progressivo, sem hesitações, ou soluços, por muito pequenos que fossem.
A entrega é sempre certa, forte, direi até, brutal!

Ao longo dos dias que antecederam este ensaio, fui conversando com vários motociclistas experientes, alguns deles são ou já foram proprietários da GP 800 e no geral o que todos disseram foi que, não acreditavam que haveria diferenças entre a GP 800 e a Aprilia SRV 850 ao nível das performances.

Segundo estas medições*… afinal existem!


0 – 100 m
SRV 850 5,3 seg.
GP 800 6,0 seg.

0 – 400 m
SRV 850 13,1 seg
GP 800 14,1 seg

0 – 1000 m
SRV 850 25,5 seg
GP 800 26,1 seg.

0 – 40 km/h
SRV 850 1,8 seg.
GP 800 1,9 seg.

0 – 100 km/h
SRV 850 5,5 seg.
GP 800 6,6 seg.


(Medições realizadas pela conceituada revista espanhola “Formula Scooting”)

Como se pode ver por estes valores a mais rápida é sempre a Aprilia SRV 850, com um segundo de diferença em quase todas as medições, menos dos 0 – 40 km/h, onde apenas conseguiu ser mais rápida, uma décima de segundo.

Mas não é tudo. Ei-la em confronto com as mais potentes e rápidas scooters da atualidade:


0 – 100 m
Integra 5,32 seg.
T-Max 530 6,64 seg.
C 600 Sport 5,66 seg.
C 650 GT 5,98 seg.

0 – 400 m
Integra 14,34 seg.
T-Max 530 14,76 seg.
C 600 Sport 13,98 seg.
C 650 GT 14,38 seg.

0 – 1000 m
Integra 26,39 seg.
T-max 530 27,6 seg.
C 600 Sport 26,1 seg.
C 650 GT27,50 seg.

0 – 40 km/h
Integra 1,92 seg
T-Max 530 3,16 seg.
C 600 Sport 1,84 seg.
C 650 Sport 2,1 seg.

0 – 100 km/h
Integra 6,47 seg.
T_Max 530 8,18 seg.
C 600 Sport 6,44 seg.
C 650 GT 6,54 seg.

Velocidade Máxima
Honda Integra (real) 165 km/h
Yamaha T-Max 530 164 km/h
BMW C 600 Sport 178 km/h
BMW C 650 Sport 177 km/h


(Medições realizadas pela conceituada revista espanhola “Formula Scooting”)

A única medição onde a SRV tem uma adversária a morder-lhe os calcanhares é nos 0 – 50 m, pois a Honda Integra 700 faz o mesmo tempo da SRV 850. Aqui penso que a diferença de peso existente entre estas duas scooters, se faz sentir, pois apesar da italiana ter mais 24 cv que a nipónica, também pesa mais 54 kg.

Depois de vencida a inércia inicial e apesar de mais pesada, a maior potência e o maior binário, fazem toda a diferença!

Já me esquecia do punho do acelerador. Tem um curso demasiadamente longo, o que nos obriga a fazer uma grande rotação do punho e até a soltá-lo ligeiramente e voltar a agarrá-lo, para conseguirmos ir até ao fim do seu curso.

Iluminação – Está à altura das prestações e… até que enfim, uma scooter que não é “zarolha”, coisa com que embirro solenemente!


Na SRV temos três ópticas Nas duas maiores, encontramos as luzes de presença e também os médios que iluminam mesmo muito bem. No centro, está o foco dos máximos que… quase se confunde com os médios, tal a qualidade destes.

Este é daqueles casos, em que os médios chegam para tudo, servindo os máximos apenas para fazer sinais de luzes.

Atrás, tanto a luz de presença como dos travões, são bem visíveis.

Travões – A Aprilia está equipada com uns muito convincentes travões da Brembo.
Na frente temos, dois discos de 300 mm “mordidos” cada um, por duas pinças flutuantes. Atrás temos um disco de 280 mm, também com duas pinças flutuantes.
A travagem é muito forte, resistente à fadiga e à altura das prestações deste “TGV”.


No entanto, aos comandos da SRV 850, teremos de desligar, no cérebro, o “chip scooter” e ligar o “chip moto”, pois a forma como devemos usar os seus travões é em tudo semelhante, às motos.
Numa scooter convencional quando travamos, raramente tentamos dosear força da travagem entre a roda da frente e de trás. Apenas apertamos as manetes e já está. E em grande parte, ainda temos a ajuda dos sistemas de travagem combinada.
No caso desta scooter, com uma ciclística algo diferente, se queremos travar com eficácia, o uso dos travões dianteiros é primordial. Aí, como nas motos, o travão de trás serve apenas para equilibrar a travagem pois, quem pára a SRV, são os dois discos dianteiros!
Se assim não for e se teimarem em fazer uma travagem ”à la scooter”, então os sustos estão garantidos, pois a roda de trás vai bloquear com frequência.

Para os que puderem, o ideal será comprar a Aprilia SRV 850 equipada com ABS. Era o que eu faria.

De resto nada mais a apontar: a SRV trava que se farta, muito mesmo e com toda a segurança, mesmo quando circulamos a velocidades (muito) elevadas, mostrando-se imunes ao uso intensivo.

Suspensão - Equipada à frente com uma forquilha da Kayaba, de 44 mm de diâmetro e 120 mm de curso e atrás com um amortecedor Sachs ajustável em 7 posições e colocado horizontalmente, a SRV está muito bem servida.

As duas suspensões funcionam muito bem em conjunto, transmitindo grande segurança e conforto, ajudados pelos ótimos Diablo da Pirelli que mostraram estar à altura das performances, desta híper-scooter!

Cidade – Fora a dificuldade que alguns possam ter em colocá-la ou retirá-la do descanso central, a SRV comporta-se como uma scooter normal. Circulei dentro de Lisboa, no meio das filas e não senti qualquer dificuldade.


Sim, é grande e pesada, mas também muito bem equilibrada, passando facilmente no meio dos carros e com a grande vantagem de irmos no meio de intenso trânsito totalmente rodeados por automóveis, vermos lá á frente um buraquinho onde podemos meter a scooter, um toque de acelerador e mais rápido do que lêem estas palavras, já lá estamos!
Não exagerei, a SRV é mesmo assim. Ou acham que tanto binário, tanta potência, apenas serve para rodarmos em AE? Esta scooter é autêntica diversão até no meio dos carros, desde que conduzida por mãos experientes e acima de tudo responsáveis, pois tudo se passa em “Warp Mode”*, ou seja mesmo muito, muito rápido!
Um buraquinho ali, um toque de acelerador e já está, outro buraquinho ali e… ops, trava, já cá estou! E assim por adiante.

E nos semáforos… nem vos digo! Sempre fui contra “picanços” nos semáforos, arranques doidos, mas com esta Aprilia, ninguém consegue resistir… nem eu!
Semáforo vermelho, trânsito parado. Estou rodeado de motos e scooters. Umas 125 de estafetas, uma CB 500, uma Transalp 650 e uma Deuville. Sinal verde e… tchau! 

Arrepiante!

Estrada - As retas deixam de ser retas quase por magia, tal a forma como são deixadas para trás.
O urro que sai do duplo escape (2-1-2) é a melhor das sinfonias, que já ouvi até hoje numa scooter.

Ao sair de uma curva, o rodarmos punho sem dó nem piedade, o sentir o matraquear raivoso dos dois enormes “canecos”, debaixo do assento, é uma experiência única e que todos os que gostam de scooters deviam experimentar.


Existem motos mais leves, com mais do dobro da cilindrada e potência, mas só pelo simples fato de não termos de usar uma caixa de velocidades, torna esta experiência única e alucinante.
Nas motos, sempre que engrenamos uma mudança, perde-se sempre algum tempo e algumas rotações. Na Aprilia SRV 850 é apenas rodar punho, agarrar-se com força e sentir aquele “punch” n estomago, sentir a velocidade a aumentar de forma contínua, sem a mínima hesitação nem interrupção, por muito pequena que seja. Altamente contagioso…

A curvar, apesar do peso e de ter o centro de gravidade algo elevado a SRV cumpre e bem como pude constatar, pois a SRV deste ensaio, já tinha andado em testes com jornalistas e as marcas estavam lá, sendo impossível curvar mais. Pneus “lambidos até ao fim e descanso central (muito) bem raspado, são a prova disso.
Curva bem, mas temos de a obrigar, de a puxar, de a deitar, principalmente em estradas muito sinuosas, com curva atrás de curva. Ela deita-se e bem, mas é preciso conhecê-la primeiro, sentir-lhe bem o peso.

Existem scooters que curvam melhor, mas quando se tem debaixo do assento um V2 como o da Aprilia, o que se perde na curva, rapidamente é ganho quando se começa a endireitar a scooter e a rodar punho.

Auto-Estrada – Aqui não existem dúvidas, é a rainha! No mundo das scooters, não existe nada igual.

Fora a já citada pouca proteção contra o vento, facilmente resolvida, a SRV não dá hipóteses!
Ver de soslaio a cavalgada vertiginosa do ponteiro do velocímetro e do conta-rotações enquanto nos agarramos ao guiador, é uma sensação única.


Rotações versus Velocidade
5000 rpm 120 km/h
6000 rpm 150 km/h
7000 rpm 180 km/h
8000 rpm 200 km/h

Por questões de segurança (vento forte), não pude levar a SRV ao limite, conseguindo no entanto levá-la até às 8000 rpm (200 km/h), ficando ainda uma margem de 500 rpm, até entrar no redline.
Mas deu para perceber, pela facilidade atingiu estes valores, que consegue ir um pouco mais longe.
O construtor informa-nos que a velocidade máxima, está algures acima dos 200…


Viajar por AE com esta scooter? Coloquem o ponteiro do velocímetro entre os 150/160 km/h, recostem-se, estiquem as pernas e vejam como é possível, numa scooter com estas características, viajar com todo o conforto e segurança.

De vez em quando, liguem o o “Warp Mode”*, acionado pelo simples rodar do punho e desapareçam no horizonte… dos outros, é claro!

Consumos – O depósito de combustível leva 18,5 litros de combustível, sendo 3 litros da reserva.
Quem compra uma scooter com estas características, por certo não andará a fazer médias nem a tentar bater recordes nos consumos e isto porque será praticamente impossível fazê-lo. Ninguém conseguirá resistir à tentação de rodar punho, pelo simples prazer de ouvir o ronco grave do motor e deixar tudo e todos para trás. É viciante e contagioso.

Mesmo assim posso dizer-vos que com condução (muito calma) é possível fazer consumos na casa dos 5 litros por cada 100 km percorridos. Em “Warp Mode”* ultrapassa os sete litros…



Conclusão – Estamos, sem dúvida, perante uma scooter muito especial. Não é a mais leve, não é a mais pratica e muito menos a mais leve, só que ao nível das performances e prazer de condução, é única.
Uma scooter que não é para todos, pois requer alguma experiência para que se consiga retirar dela tudo o que tem para nos dar, mas os felizardos que a comprarem, por certo darão por muito bem empregue o dinheiro que ela custa… e vale!


Comentário Gosto de Scooters – Já reforcei as minhas apostas no Euromilhões, por isso senhores da Luzeiro, quando eu ligar, já sabem: sai uma Aprilia SRV 850 branquinha, equipada com a top-case, as aplicações em carbono e a viseira de maiores dimensões (que constam na lista de opcionais), aqui para o “je”!


Características Técnicas
Motor: Bicilindro em V, a 4 tempos
Cilindrada - 839,3 cc
Potência - 76 CV às 7750 r.p.m.
Binário - 76,4 Nm às 6000 rpm.
Travões
Dianteira – Duplo Disco 300 mm (dupla pinça flutuante Brembo)
Traseira – Disco 280 mm (existe versão com ABS)
Pneus -
Frente - 120/70-16
Trás - 160/60-15
Depósito gasolina - 18,5 L (incluí 3 L de reserva)

Fatores Positivos:
- Design
- Posição de condução
- Comportamento quadro/suspensões
- Travões
- Disponibilidade do motor
- “Warp Mode”*

Fatores Negativos:
- Alguns acabamentos.
- Curso do punho do acelerador demasiado longo
- Espelhos pequenos.
- Não ser minha!

Classificação Final (de zero a dez) – 8,5

*Warp Mode – Viajar a uma velocidade, duas vezes mais rápida que a luz. Claro que isto só era possível na nave espacial USS Enterprise, comandada pelo Capitão Kirk, Spock e companhia, na famosa série, “Star Treck”.

Texto – Carlos Veiga
Fotos – CarlosVeiga & Aprilia
Medições – Formula Scooting

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Peugeot Django 125 (Ensaio Motor-Infos)



segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Daelim Aroma 125 -


Uma scooter, de pequenas dimensões que une, ao estilo clássico, tão em voga atualmente, a economia e facilidade de uso nos percursos diários nas grandes urbes.






Especificações Técnicas
Motor - Monocilíndro a 4 tempos, arrefecido a ar.
Cilindrada - 124,6 cc
Arranque - Eléctrico / pedal
Transmissão - Automática (CVT)
Potência - 8,35 cv às 7.600 rpm
Velocidade máx.- 87 km/h
Peso em seco (kg): 106
Pneus
Dianteiro - 110/70-12 
Traseiro - 3.5-10 51J
Travões
Dianteiro - Disco
Traseiro - Tambor
Depósito gasolina - 5,9 Litros
Peso em seco - 106 kg

sábado, 2 de janeiro de 2016

HONDA SH300i – Mobilidade "Premium"


Introdução - Fazendo uma breve retrospetiva, voltando alguns anos atrás, mais concretamente até 1986, quando a Honda chegou a Portugal – até essa altura as motos Honda eram comercializadas no nosso país pela IBA – a SH50 "Scoopy" (a par com a pequena Vision 50), foi uma das "armas de arremesso" usadas pela marca japonesa para defrontar a sua principal rival, a Yamaha, na altura representada em Portugal pela Motopeças. 
Muitas foram as "Scoopy" vendidas em Portugal e a principal razão do seu sucesso tinha a ver a facilidade de condução, capacidade de transportar com algum conforto, condutor e passageiro e até alguma carga pois estava equipada com um sempre útil "porta-couves", ao que acrescentava um económico e super-fiável propulsor de 50 cc a dois tempos e uma qualidade de materiais e construção muito acima daquilo a que os portugueses estavam até aí habituados, muito superior às das "motorizadas made in Portugal tão em voga na altura.

Com o passar dos anos, a "Small Honda" (SH) foi evoluindo, tanto ao nível estético como no que diz respeito aos propulsores que são agora a 4 tempos e com cilindradas que variam entre os 125 e os 300 cc. 
Ao longo de todos estes anos, a Honda SH foi sempre uma das scooters preferidas dos "scootards" europeus, tal como indicam os números: com mais de 1 milhão (!!) de unidades vendidas até aos dias de hoje, sendo líder de mercado em muitos países europeus.


Design & Acabamentos –  Em equipa que vence, mexe-se... pouco! Foi isto que fez a Honda no que diz respeito ao design, mantendo na SH300i, a imagem sóbria e adulta que tanto tem agradado, sem no entanto, deixar que "envelheça" pois, tem sabido ao longo dos anos, manter atualizado o "look" desta scooter. 

E esta nova SH não é exceção, com a adoção, na zona frontal de uma nova "assinatura" luminosa, onde se inclui iluminação totalmente em LED, sinónimo de maior visibilidade e eficácia e menor consumo de energia, logo, menor desgaste para a bateria.

Ao longo do seu "corpo" nota-se que houve um aprimorar de linhas que a torna ainda mais elegante, sem nunca deixar de ser discreta, tal como gostam os muitos milhares e milhares de "scootards", que são fãs desta Honda.
No que diz respeito ao acabamentos desta scooter, digamos que, encontram-se num patamar superior, apenas atingido por alguns modelos de topo da Honda e que custam muitos milhares de europeus! 

Quando visitarem um concessionário Honda ou virem uma SH300i (2016) estacionada algures por aí, percam algum tempo a olhar para ela e apreciem-na. 

Ainda melhor, tentem encontrar alguma falha, algum espaçamento entre plásticos que seja fora do normal, ou que de alguma forma esteja mal montado. Não há!

Simplesmente do melhor que já vi tanto em scooters como também nas muitas motos que já testei! Qualidade "Premium", sem dúvida alguma! 

Ergonomia & Equipamento – Quando nos sentamos nesta scooter, reparamos imediatamente que viajamos numa posição mais elevada do que nas tradicionais "maxiscooters". Se, de alguma forma, pode dificultar um pouco o acesso aos que são mais curtos de perna, por outro lado proporciona um campo de visão mais amplo, proporcionando uma condução mais segura. 


Apesar de não podermos esticar as pernas, como acontece na maioria das "maxiscooters", o condutor tem ao seu dispor uma excelente posição de condução,  devido às dimensões e "fofura" corretas do assento, viajando sentado como se estivesse numa normal cadeira, com as pernas a fazerem um ângulo reto perfeito e o guiador logo ali à mão. 
Também o facto da plataforma onde colocamos os pés ser totalmente plana, facilita imenso a entrada e a saída da scooter.

O passageiro tem ao seu dispor um lugar amplo, com as peseiras bem colocadas, numa posição confortável, conforto esse aumentado pelo encosto da top-case que faz parte do equipamento de série desta scooter.


Quanto ao painel de instrumentos, mantém o desenho já conhecido,  tendo o velocímetro e os indicadores da temperatura e do combustível em "formato" analógico e as restantes informações – conta-km total e dois parciais, relógio, consumo instantâneo e médio, etc. – apresentadas, ao centro. num pequeno "display" digital.

Algo que requer uma pequena habituação, principalmente para quem vem de uma maxiscooter, é o fato da localização do painel de instrumentos estar logo ali "debaixo do queixo" e não ligeiramente mais à frente o que, de alguma forma, obriga o condutor a tirar os olhos da estrada quando o quer consultar. Digamos que é um "mal" de que padecem todas as scooters de "roda alta", mas do qual rapidamente nos esquecemos.

Obrigatoriamente, volto a chamar a atenção para a excelência dos acabamentos desta scooter, nomeadamente em toda a zona que envolve o painel de instrumentos.
Situado no lado esquerdo do "avental" frontal, temos um pequeno compartimento de arrumação e logo ali ao lado, ao centro, temos a sempre útil "mola", que serve para ali prendermos a mochila ou um eventual saco de compras.

O que também mudou para  melhor – mostrando mais uma vez que a Honda está atenta aos pedidos dos seus clientes –, foi o espaço disponível debaixo do assento que agora permite guardar mais "tralha" ou um capacete integral, desde que este não seja tamanho XXXL e/ou não possua apêndices aerodinâmicos salientes. 

Para carregar o seu smartphone, ou tablet, debaixo do assento irá encontrar uma sempre útil tomada USB.



É também debaixo do assento que está o bocal do depósíto com capacidade para nove litros de combustível. 
Pela negativa o facto do assento não possuir um sistema de retenção que o prenda quando se encontra aberto que podia ser algo tão simples como o "simplesmente simples", sistema de retenção usado na PCX.

Também não percebo como é que uma scooter deste gabarito, não possui os "4 piscas" quando, atualmente, qualquer "scooterzeca da treta" possui este sistema integrado no equipamento de origem e que tanta falta faz. 

Voltando a falar de equipamento, deixei para final deste capitulo, "a cereja no topo do bolo", que neste caso tem um nome: "Honda Smart key".


Confesso que foi com alguma (ok, muita!) desconfiança que recebi a "Smart Key" desta scooter das mãos do Carlos Cerqueira da Honda pois, sendo esta a segunda vez que iria conduzir um veículo de duas rodas equipado com o sistema "mãos-livres", ainda tinha na memória aquela que foi a minha "primeira vez", com a nova Yamaha T_Max 530 e do qual, digamos que, não fiquei fã, muito por culpa do tamanho XL da "chave" e da complexidade do manuseamento dos sistema.

No entanto a minha desconfiança, rapidamente se transformou num "obrigado Honda por facilitares a vida à malta!", pois o "Honda Smart Key" é do mais fácil que se pode pedir! Para começar temos a "chave" bem compacta e leve, que cabe em qualquer bolso, mesmo naqueles mais pequeninos dos blusões e deve andar sempre com o condutor o que permite abrir o assento ou ligar a moto assim que nos aproximamos da scooter (2 metros de raio de ação).


Mas ainda não é tudo. Imaginem que vivem numa cidade como Barcelona, Paris, ou Roma e que estacionaram  a vossa scooter num daqueles parques de estacionamento onde também estão dezenas, senão mesmo centenas de motos e scooters, muitas delas Honda SH. E qual delas é a vossa? Como a encontrar? O que fazer? Simples, um toque num botãozito situado na "Honda Smart Key" e eis que a vossa SH300i atrai a vossa atenção com uma piscadela de luzes! Tão simples, mas tão prático e útil, não acham?

Motor & Ciclística – Quando conduzi pela  primeira vez uma "Small Honda 300" – modelo de 2008 –  o que mais me surpreendeu foi a pujança do seu motor o que aconteceu de novo, logo ao percorrer as primeiras centenas de metros com este novo modelo.
Apesar de ter havido uma ligeira diminuição na potência máxima (menos 2 cv) e no binário máximo (menos 0,5 Nm), no modelo de 2016 os valores tanto da potência máxima como do binário máximo são agora alcançados a rotações bastante mais baixas – menos 750 rpm e 1000 rpm, respetivamente. E na prática, isto significa o quê? 


Significa que estamos perante um propulsor que debitando agora 25 cv às 7500 rpm e 25,5  Nm de binário máximo, às 5000 rpm apenas perdeu e muito ligeiramente, a capacidade de levar a SH para lá dos 160 km/h, o que agora não acontece, ficando ali algures entre os 155 e os 160 km/h. 
No entanto, acredito que a SH300i até chegue aos 160 km/h, pois a unidade aqui em teste chegou às nossas mãos praticamente virgem – marcava pouco mais do que 200 km rodados!
E o que ganhou com estas modificações? Ganhou sobretudo uma subida de rotação mais "limpa" e com menores vibrações, sendo mais viva e célere a aumentar de velocidade, despachando rapidamente e quase que até se pode dizer, com requintes de "malvadez", todo o trânsito citadino pois, mesmo nos percursos fora das grandes urbes, mantém um andamento bastante agradável. 

Algo que, quanto a mim deveria ser alterado, é o curso do acelerador, que devia ser um"niquinho" mais curto pois, naquelas alturas em que temos de rodar rapidamente o punho todo, temos de torcer o pulso mais do que é normal.


Também em auto estrada a Honda Sh300i tem um comportamento meritório, pois consegue circular com grande à vontade a 120 km/h, existindo sempre uma boa reserva de potência extra, para efetuar ultrapassagens com toda a segurança.
Quando o ponteiro do velocímetro se aproxima da marca dos 140 km/h, aí sim, começa a ser mais lenta a subida de velocidade.

Consegui com esta scooter, ainda tão pouco rodada, ver o ponteiro ultrapassar ligeiramente os 150 km/h. Mas é como já referi, com a rodagem efetuada, por certo atingirá os 160 km/h. 


Convém referir que não foi para estas velocidades que esta scooter foi idealizada e construída e isso é notório quando falamos em proteção aerodinâmica pois acima dos 120 km/h, começamos a ser "sovados" pelo vento. Mas curiosamente e ao contrário do que até acontece em algumas maxiscooters com "vidro" à frente, até aos 120 km/h, o vento que chega até ao condutor é muito pouco, revelando que existiu por parte dos técnicos da marca, muito trabalho na zona frontal que engloba o guarda-lamas dianteiro, avental e a carenagem que envolve o painel de instrumentos. 
Para quem pretenda uma melhor proteção aerodinâmica, a Honda comercializa c um "ecrã" para ser montado nesta scooter.


Dinamicamente é uma scooter muito ágil, principalmente em cidade onde, se até aqui eu afirmava que a PCX era a rainha da cidade, mudei de opinião e no meu "ranking" pessoal, a rainha da cidade, passou a ser a SH300i. 
Curta entre eixos, leve e com uma pujança mecânica assinável, acrescenta ainda uma grande vantagem, quando comparada com a maioria das scooters – PCX incluída! Devido a ter uma altura superior, "culpa"das maiores dimensões das rodas, os espelhos retrovisores da SH não "embirram" com a maioria dos retrovisores dos "enlatados", o que lhe dá uma óbvia vantagem quando chega a altura de "costurar" pelo meio das filas da 2ª Circular, IC19 e muitas outras vias rápidas que nas horas de ponta,  de rápido nada têm! 
Tudo isto com consumos que muito dificilmente ultrapassarão a fasquia dos 3,5 litros de combustível por cada 100 km percorridos! E com algum cuidado, até poderemos ver, marcados no painel digital, um consumo na casa dos 3 litros! 

Esta nova geração de scooters (e também motos!) da Honda, arrasa por completo a concorrência, no que diz respeito aos consumos!


Uma referência especial ao sistema de travões que equipa a Honda Sh300i. Se, ao olharmos para a sua ficha técnica parece algo muito banal – disco à frente e atrás exatamente com a mesma medida (256 mm), sendo o da frente "mordido" por uma pinça de dois êmbolos e o de trás por uma pinça simples de um êmbolo – destacando-se apenas o sistema ABS. 

Certo é que podemos usar e abusar dos travões, que estão sempre à altura, transmitindo  grande confiança e com um ABS que conjuga na perfeição a sua entrada tardia, com uma suavidade de funcionamento – incluindo os típicos "tremores" nas manetes – que apenas encontrei em motos de grande cilindrada e com sistemas ABS bastante mais complexos e... caros!  


A Honda SH300i pode ser adquirida nas seguintes cores:

- Branco Pérola Cool -
- Preto Pérola Nightstar -
- Cinzento Metalizado Mate Cynos -
- Cinzento Metalizado Moondust -
- Vermelho Pérola Siena -
- Azul Pérola Pacific -


Conclusão Gosto de Scooters – Conseguimos perceber perfeitamente porque é que a Honda SH 300i, ano após ano, geração após geração, continua a ser um sucesso nos principais mercados da Europa. 
É a scooter perfeita sobretudo para quem, precisando de um veículo de duas rodas que o transporte rapidamente com conforto e segurança nas suas deslocações diárias, dá também grande valor ao equipamento e sobretudo a uma design distinto mas sóbrio, tudo isto envolvido num pacote de qualidade "Premium". Well done Honda!

Fatores Positivos:
- Qualidade dos materiais e acabamentos.
- Agilidade e facilidade de condução.
- Motor disponível e sem vibrações.
- Sistema de travagem.
- "Honda Smart Key".
- Iluminação em LED.
- Consumos.

Fatores Negativos:
- Não possuir sistema de "4 piscas".
- Não possuir sistema de retenção do assento, quando este está aberto. 

Especificações Técnicas
Motor - Monocilindrico a 4 tempos, SOHC, refrigeração por líquido.
Potência – 25 cv às 7500 rpm
Binário – 25,5 Nm às 5000 rpm
Alimentação – Injeção eletrónica PGM-FI
Transmissão – Automática (CVT)
Luzes - LEDS
Quadro – Tipo berço, em aço.
Altura do assento – 805 mm
Suspensão
Dianteira –  Forquilha telescópica
Traseira – Braço oscilante com dois amortecedores.
Travões
Dianteiro – Disco (256 mm),
Traseiro – Disco (256 mm)
Pneus
Dianteiro – 110/70 16
Traseiro – 130/70 16
Depósito Combustível – 9 Litros
Peso – 170 Kg (em ordem de marcha)

Carlos Veiga (1º teste de 2016)