Migtec - Open Day (1º Contacto - Sym Maxsym 600i ABS)

Decorreu hoje, 10 de Maio, o segundo Open Day Sym/Suzuki realizado pela Migtec e... como não podia deixar de ser, o Gosto de scooters esteve presente para experimentar pela primeira vez a novíssima Sym Maxsym 600i ABS.

E o que podemos dizer em relação a esta nova Maxsym?

Antes de mais nada, dizer que o pequeno teste drive foi efetuado em condições pouco favoráveis a podermos puxar pela scooter a 100 %, pois além de estar um vento fortíssimo, por aquelas bandas, o tempo era muito curto, pois existiam mais pessoas interessadas em testar esta scooter.

Muito sucintamente, podemos dizer pela positiva que os técnicos taiwaneses fizeram um excelente trabalho ao nível das vibrações, ou a sua inexistência, quando em comparação com a 400, que como todos sabemos vibra muito no arranque e durante a primeira fase da aceleração.

Também é notório que para conseguir a este excelente resultado, tiveram de alongar a "saída" da scooter, ou seja, não é tão forte, direi até brusca a sair, como a sua irmã 400, sendo sim mais suave, o que não quer dizer que seja propriamente lenta, antes pelo contrário. 
No entanto, fica a dúvida, pois foi impossível fazer essa aferição, se naqueles primeiros instantes do arranque, a Maxsym 400 não será mais rápida que a 600.

Rodando o punho com convicção, esta scooter difere da sua irmã mais "pequena", na forma como a subida de rotação é sempre linear, não existindo aquele conhecido "poço", ali por volta das 5000 rpm, que. Nesta do ponteiro do conta-rotações é sempre certinha, acompanhado pela subida rápida do ponteiro do velocímetro, pois rapidamente circulamos a 160 km/h.

A esta velocidade e devido ao muito vento que se fazia sentir, senti um certo varejamento na dianteira da scooter. Fiquei na dúvida se seria do vento, ou a ciclística a chegar aos seus limites, o que curiosamente nunca senti nos muitos km que efetuei tanto na Maxsym 400i, preta, da JCG Motos, como mais tarde na Maxsym 400i ABS. 

Será que os 28 kg a mais que a 600 pesa em relação à 400 e principalmente a distribuição de peso foi alterada  e afecta a dirigibilidade da scooter alta velocidade?

No entanto, convém referir de novo que estava muito vento e que não verifiquei tanto a pressão dos pneus, como a afinação dos amortecedores traseiros. No entanto, a estas velocidades, também senti que os Maxxis, se tornam algo curtos e continuo a dizer, se querem uma scooter a 100% negoceiem no acto da compra a troca por uns pneus melhores, aconselhando neste caso os Bridgestone Battlax.

Outro aspeto negativo que encontrei na Maxsym 600 é o que agora não temos espaço suficiente para colocarmos o pé para accionarmos o descanso central, por culpa da tampa da transmissão ser ligeiramente maior. Assim, arriscamo-nos a riscar o plástico naquela zona e até quem sabe, se fizermos uso de bastante força a parti-lo. Um apoio do descanso central ligeiramente maior resolvia o assunto. Será que todos os taiwaneses que participaram no desenvolvimento da Maxsym 600, calçam o 34??

De resto é a nossa "velha" conhecida Maxsym, com todas as suas muitas qualidades e poucos defeitos.

Conclusão: na minha modesta opinião, quem vai comprar uma scooter e quer uma Maxsym e se puder, deve optar pela 600. Agora, quem tem uma 400 e não se importa com as vibrações e com o tal pequeno poço que ela faz a subir de rotação, penso que não compensa trocar pela mais potente e... mais cara.
Quanto ao preço, apesar de correto, na minha opinião, está perigosamente perto de outras opções bastante válidas que não scooters.

Carlos Veiga (10/05/2014)