Domingo de manhã livre, um sol radioso e muita vontade de andar de scooter. Onde vou, onde não vou… ora deixa cá ver… Cabo da Roca não me apetece… e que tal ir ao já célebre “cafezinho em azeitão”, para o qual tantas vezes já tinha sido convidado?
Fui à garagem buscar a Valentina que tal como eu, estava ansiosa por rodar e depois de motor aquecido, bora até Brejos de Azeitão ver se encontro o tão badalado Dona Torta.
Entro na A5 em direção a Lisboa e depois sigo em direção à Ponte 25 de Abril e qual não é o meu espanto que vejo que não existia trânsito nenhum? Mas onde estão aquelas filas intermináveis de automóveis carregadinhos de pessoas que iam para as praias da Costa da Caparica e afins? Nada… tudo muito tranquilo, um carro aqui outro ali, nem parecia um solarengo e quente domingo de Agosto.
Só consigo chegar a uma conclusão. Os tesos, os mais prejudicados pela troika nem dinheiro têm para ir até à Caparica e os outros… Algarve, pois como sempre está a abarrotar pelas costuras!
Não percebo, isto está mal e têm dinheiro para ir de férias para o Algarve?
Bom, adiante... seguindo viagem, passo a Ponte e…ora vamos lá tirar o carvão à Valentina até à saída do Fogueteiro. E num instante estava a sair da autoestrada e a ir pena Nacional 10 em direção a Brejos de Azeitão onde cheguei rapidamente.
Pensei que ia ser difícil de encontrar a “D, Torta”, mas… aquele monte de scooters à porta, não engana!
Deixei a Valentina na “galhofa” com as outras scooters e lá fui eu tb “galhofar” com os muitos companheiros e respetivas penduras que ali se encontravam em amena cavaqueira.
Esperem! Está a faltar alguma coisa! Ah, já sei! O café e a bela torta de Azeitão!
Conversa, com muita risada, as fotos a praxe e… que tal se fossemos até ao Meco? Ainda a pergunta estava no ar e já estávamos todos em cima das scooters, prontos a arrancar!
Viagem “maravilha” sem sobressaltos em ritmo de passeio, apreciando a paisagem.
No Meco, mais umas bebidas, agora das fresquinhas… mais conversa, muita animação mais fotos e bolas… já passa das 14 horas! Como o tempo passa depressa quando a companhia é boa!
As despedidas da ordem com a promessa de, voltar mais vezes, tendo no regresso a casa, a companhia do companheiro da Maxsym 400i preta (companheiro esqueci-me do teu nome mas… não me esqueci dos “pipos” psicadélicos, quero ver isso em ação!).
Foi uma excelente forma de passar a manhã de domingo, conhecer novas pessoas que partilham os mesmos gostos, as scooters.
Não é tão bom verificar que pessoas que pertencem a variadíssimos fóruns e clubes de scooters conseguem estar juntos, conseguem rodar juntos, conseguem, acima de tudo, conviver, sem quezílias, sem discussões, sem jogadas de bastidores ou bocas foleiras?
Pelo que percebi (bastava ver os “tócolantes nas scooters) estavam presentes membros dos Tuaregues, do Clube PCX, do CMN, do F125cc, do CPM e do F125 e…nada se passou! Convívio salutar, boa disposição e muita, mesmo muita galhofa!
Afinal de contas o que no une? É o pertencermos a este ou aquele Clube ou Fórum, ou as scooters e o que elas nos proporcionam?
Digam-me: se não fossem a scooters, conheceríamos toda esta gente maravilhosa? Se não fossem as scooters existiriam estes Clubes e Fóruns de Motos?
E o que seria dos prepotentes que escondidos atrás de alguns Clubes e Fóruns os usam para seu próprio benefício e também para criar mau ambiente entre Clubes e até mesmo dentro dos seus próprios Clubes?
Façam um reflexão sobre isto, vejam o que se passa nos vossos clubes e fóruns, vejam as atitudes de certos membros e até de certos dirigentes, moderadores ou administradores e cheguem às vossas próprias conclusões!
Enquanto isso, vou continuar a andar de scooter e… sem dúvida alguma, voltar ao Cafezito a Azeitão!
Veiga