Pois é companheiros, fui de Sym Maxsym 400i!
Mais uma vez o José Carlos da JCG Motos emprestou-me a Maxsym, desta vez para eu ir a este evento tão especial, o 1º Aniversário do Clube de Maxiscooters do Norte.
Sábado, 10 de Setembro, atestar a Maxsym, na Galp de Linda-a-Velha e toca a rodar nas calmas em direcção ao Porto.
Aproveitando o facto de mais uma vez poder andar na Maxsym, desta vez resolvi testá-la de três formas diferentes, para assim tentar ficar a saber, como se comporta e quais os reais consumos que faz.
Tenho lido por aí, alguns artistas, na maioria possuidores de 400 de outras marcas e assim num registo meio gozão a duvidarem do que escrevi aqui sobre a Maxsym, principalmente sobre os consumos e as suas performances. Em relação a se duvidam ou não, muito sinceramente, para mim é para o lado que durmo melhor, pois não sou funcionário da Sym (não é que não gostasse de o ser, mas não sou) ninguém me paga para dizer bem ou mal desta ou daquela marca.
Sim, gosto da Sym, mas como podem ler por aqui, tento ser o mais neutro possível, aliás como o fiz, quando andei os 1000 km com a Maxsym, relatando aqui tudo o que achei de positivo ou negativo nesta scooter.
Como tive mais uma vez a oportunidade de sentar o traseiro na Maxsym aproveitei a ida ao Porto para a usar em três situações diferentes:
Na ida, ritmo normal de viagem usando AE e a Nacional 1, com chuva intensa a partir de Espinho.
Auto-estrada até Aveiras, num ritmo tranquilo, rondando algures à volta dos 120, com picos de 140, sempre que era necessário ultrapassar.
Depois de Aveiras até Coimbra, sempre pela Nacional 1, apanhando aqui e ali uns borrifos de chuva e piso ligeiramente molhado, mas nada que me fizesse diminuir a velocidade, pois além de ir em andamento moderado, a Maxsym transmite imensa segurança.
Em Coimbra, apanhei de novo a AE em direcção ao Porto. Voltei ao ritmo de AE, ponteiro a rondar os 120/130, com alguns picos de 140, para ultrapassar.
A partir de Espinho começou a chover com bastante intensidade e por isso mesmo tive de diminuir o andamento, ficando algures entre os 110/120 km/h.
É de realçar que mesmo debaixo de chuva intensa, não vesti as calças do fato-de-chuva, tendo feito o resto da viagem até ao Arrábida Shopping, apenas com o blusão.
Sim, caíram algumas pingas nas calças, mas vindas do blusão e não porque apanhasse chuva. Reparei que no blusão a zona onde fiquei mais molhado, foi na zona dos ombros.
Quanto ao conforto, muito bom sem dúvida, chegado ao Shopping para ir almoçar, fresquinho como uma alface e pronto a fazer mais 300 km, caso fosse preciso!
Consumo:
(atestei na área de serviço de Antuã)
284 km percorridos = 12,62 L
Média - 4,44 L
No domingo, durante o evento o passeio foi sempre em caravana, parando e arrancando muitas vezes, apanhando algumas estradas sinuosas, com grandes subidas e descidas, isto a velocidades baixas, normais quando se circula em caravana com dezenas de outras scooters.
(atestei de novo na área de serviço de Antuã)
270 km percorridos = 11,04 L
Média - 4,08 L
No regresso, tive a companhia do companheiro Lobo até à área de serviço de Antuâ. Como pretendia imprimir um ritmo de viagem muito superior ao que a GTS 300 permite, despedi-me do Lobo e vim quase sempre a fundo até à área de serviço de Aveiras.
Andamento a fundo, sem pensar em consumos, apenas com a intenção de chegar rapidamente a Lisboa, pois já era tarde.
Aqui posso dizer que possivelmente só baixei duas ou três vezes dos 140 km/h, devido a algum enlatado mais lento que aparecia na faixa mais à esquerda.
De resto foi sempre a rodar entre os 140 e os 160 km/h com alguns picos de 170 nas descidas.
Em recta, comigo em cima e com o espaço debaixo do assento completamente cheio (saco da roupa, fato de chuva, luvas extra, um pequeno saco com algumas ferramentas que andam sempre comigo, lanterna, kit anti-furos, etc) rodava facilmente com o ponteiro do velocimetro a tocar nos 160 km/h.
Posso dizer que a estas velocidades, vim sempre com o Shark na posição de aberto, tendo apenas fechado algures na zona de Fátima, apenas por causa do frio.
De resto e tal como já tinha referido durante o test-drive dos 1000 km, o comportamento da Maxsym em estrada é sem dúvida espectacular
(Atestei na área de serviço de Aveiras)
202 km percorridos = 12,02 L
Média - 5,95 L
Em relação aos consumos penso que estão óptimos. Por exemplo, quando digo que o andamento foi a fundo, é porque foi mesmo a fundo, punho torcido sem dó nem piedade.
Quanto à relação entre velocidade e rotações, o que marca é o seguinte:
6000 rpm = 140 km/h
7000 rpm = 150 km/h
Algures entre as 7500 rpm e as 8000 rpm, atinge os 160 km/h, em recta.
Digo algures, pois das diversas vezes que o ponteiro marcou os 160 km/h nunca me deu a mesma rotação, o que é normal, pois já indo quase no seu limite esta variação nas rotações, pode ter a ver com ligeira ou não inclinação do piso, da qual não damos conta e também do vento, que como sabemos influencia muito o andamento das scooters/motos.
Algo que também não nos podemos esquecer, é que esta Maxsym, só agora passou dos 2000 km e por isso não tenho dúvidas, que com o acumular de quilómetros o consumo de gasolina, baixe umas décimas.
A forma que rodei com a Maxsym, é igual á forma como ando com a GTS, sem preocupações em fazer médias ou em que gaste menos. Andamento absolutamente normal, como se fosse minha.
Claro que ontem, com muita pena minha tive de a devolver à JCG Motos...