A Valentina esperava por mim no parque do Hotel ansiosa por se fazer à estrada, mas teve de esperar um pouco antes de colocar o seu motor a aquecer. Por descargo de consciência resolvi verificar o nível do óleo, pois afinal de contas, sempre foram quinhentos e tal quilómetros a andar bem, mas tal como esperava o nível do óleo estava no máximo. Nem uma gotinha gastou, muito bem! Tudo nos "conformes"!
Sendo assim a N125 espera por nós!
Posso dizer-vos que nunca me soube tão bem fazer esta estrada como desta vez. Como ainda era cedo, havia pouco trânsito e porque principalmente ainda estamos em Abril, época baixa, a confusão era inexistente. Rolei bem calminho, apreciando o imenso comércio que existe em ambos os lados da estrada, viseira do capacete levantada a saborear o ar fresco da manhã! Meus amigos, se isto não é rejuvenescedor, então não sei o que seja!
Passagem pelo Zoomarine, onde parei para mais uma "pelingrafia" e siga!
Aproveitei ainda, para fazer um pequeno desvio e ir até ao Parchal (Portimão) fazer uma rápida visita a uns tios que não via há mais de 10 anos! Mas como a Valentina estava impaciente, foi mesmo, "olá, tudo bem? Tchau!! lol
E eis que chego a Lagos, que para mim é a cidade mais bonita do Algarve. Adoro Lagos!
Entretanto ao estacionar junto a uma esplanada, na Marina de Lagos eis que, quase ao mesmo tempo, estaciona outra GTS 300i. Claro que de imediato a conversa rolou, pois a GTS cinzenta pertencia a um simpático casal de Lagos que só a usava para passeios aos fins-de-semana. E lá estive meia hora na palheta.
Aproveitei também para tirar umas fotos à Caravela Boa Esperança que se encontrava ancorada na Marina. Pensar que os nossos marinheiros percorriam mares e oceanos a bordo daquelas "cascas de nozes", incrível!!
De Lagos, segui em direcção a Aljezur e deliciei-me com aquelas curvinhas. Acelera, trava, deita, levanta, acelera, trava, deita, acelera... um espectáculo!
Entretanto ao sair de uma curva reparo num caminho de terra que ia dar ao local onde se encontravam vários moinho eólicos...e lá teve a Valentina de fazer um pouco de todo-o-terreno. Parei, desliguei o motor e o silêncio imperava, apenas interrompido pelo barulho das hélices dos moinhos a rasgar o vento. Vuuu....vuuuu...vuuu...vuuuuu....vuuu....
Uns minutinhos a sentir os cheiros do campo e a paz do local...e siga em direcção a Odemira onde pretendia almoçar.
Entretanto mais à frente, já perto de Rogil, tive de parar para tirar mais uma foto. Num café de estrada estava uma Vespa (verdadeira!) pendurada na parede! (Ampliem a foto e digam se não está fixe?)
Em Odemira almocei no restaurante "O Tarro", onde me deliciei com um caril de tamboril de bradar aos céus!!! Simplesmente divinal!
Barriguinha cheia e ala que se faz tarde. Já perto do Cercal, não resisto a parar mais uma vez e fotografar uma das paragens de camioneta da zona. De aspecto emaculado, as paragens fazem lembrar as típicas casas alentejanas, onde nem sequer faltam as tradicionais janelas. Uma forma de promover a história daquela zona, a quem por ali passa.
Do Cercal, até S. Torpes foi sempre a rodar, tendo por companhia uma Transalp 600 das antigas, com matricula alemã. Na moto seguia um casal que mal se via, tal era a quantidade de tralha que levavam. Virámos em direcção a S. Torpes, onde parei e o casal seguiu em frente, penso eu, em direcção ao Porto Covo.
Paragem para descansar um pouco e apreciar a paisagem e "bora" até Sines, para dar de comer à Valentina que estava com a barriga vazia.
De Sines até ao ferry-boat em Tróia a viagem decorreu sem nada de importante a registar a não ser aquela sensação de que, o que "é bom está a acabar". Pois é, a viagem estava a chegar ao fim, infelizmente. Foram dois dias em que percorri 902 quilómetros e o que para muitos poderá parecer uma enorme canseira, para mim funciona exactamente ao contrário! Por vezes preciso de fazer uma coisa destas. Sair sózinho, sem destino. Sem ninguém! Estar comigo mesmo. É aqui onde vou buscar energias que me fazem falta para a luta diária. Quando vai ser a próxima? Não sei...quando tiver T€MPO!
Quanto à Sym "Valentina" GTS 300i Evo, que mais posso dizer? É simplesmente fantástica! Claro que gostaria que andasse mais, claro que gostaria que tivesse mais potência, mas meus amigos, com ela, venha estrada! Se respeitarmos as suas limitações, temos máquina para ir até ao fim do mundo!
Venha o Próximo!
(clicar nas imagens para aumentar)
Olá Veiga daqui fala o David,o tal q deu 1 irmã(preta)à Valentina.
ResponderEliminarSó tenho 6 palavras para te dizer:
Brilhante Veiga,é esse o espírito
Abraço
Que belo "passeio"! Só faltou uma apitadela ao companheiro Ahlagos que ia gostar de te conhecer.
ResponderEliminarOs combustíveis em Ayamonte são mais baratos do que no resto de Espanha, e algumas das bombas são mesmo de Portugueses, e destinam-se aos mesmos que moram perto da fronteira.
Basta andar um bocado mais para dentro da ilha Cristina, e os preços já são diferentes, embora continuem a ser mais baixos do que em Portugal.
David, essa da irmã preta, põs-me a pensar em quem seria o pai! lolol
ResponderEliminarAo contrário do que muito "experts" em motos, as scooters não servem só para andar na cidade. Basta ver a minha, que durante a semana trabalha que se farta em cidade e por vezes tem fins-de-semana destes!
Olá Cristina
ResponderEliminarInfelizmente não deu para avisar ninguém, porque a viagem só foi decidida na véspera e memso assim quando arranquei ainda não sabia para onde iria! Fui decidindo na viagem!
Quanto ás gasolinas, tens razão, mas mesmo assim a diferença é sempre enorme.
Tenho inveja dos tugas que moram naquela zona, pois podem ir abastecer a Ayamonte. Na BP, mais de 90% dos carros que estavam a reabastecer eram portugueses! Claro que aproveitei para encher o depósito da Valentiaa aé ao gargalo.
Veiga.
ResponderEliminarSó te digo...espectacular...lindo...só tenho pena de não teres dito nada, mas por vezes temos de fazer as coisas sozinho...mas ficas desde já avisado...para a próxima diz qualquer coisa que se puder vou contigo... e como diz o ditado "mais de três é um ajuntamento" ainda não consegui fazer uma viagem assim... estou à espera do momento para fazê-la com a minha patroa eu na SYM e ela na sua suzuki van van.
Bem hajas.
Cuprimentos.
Jorge Henriques
Cadaval
acho que já tens o meu mail e telemóvel, pois já os aqui deixei.
em principio se formos encontramo-nos na sopa da pedra dia 2 de Maio.
Abraço
Olá Jorge, tudo bem?
ResponderEliminarEm relação a esta viagem, tens razão quando dizes que por vezes tem de ser sozinho e foi o caso. Estava mesmo a precisar de ficar sozinho. Não sei se contigo acontece, mas por vezes preciso de estar sozinho e quando digo sozinho é mesmo sozinho, sem família sem nada. Como a minha vida profissional acarreta muitos riscos e ando sempre sobre grande tensão, por vezes tenho de fazer uma coisa destas.
Em relação ao "ainda não consegui fazer uma viagem assim", não podes é pensar muito ou planear. Sei que com as nossas Marias é sempre dificil, pois elas tem e adoram de tudo bem programado. mas tens de um dia chegar a casa e dizer, "Maria, mete aí num saco 3 pares de cuecas a escova de dentes e vamos embora! Claro que não é fácil, mas vais ver que no fim...até te dá uns miminhos extra, lol!
Em relação a viajar com mais pessoas e principalmente com uma 125, já se tem de ter um plano. Repara com uma 125 era impossível ter dado esta volta em apenas dois dias. Não estou a dizer que de 125 não se faça, claro se faz isto e muito mais, só que é preciso mais tempo.
Lá mais para o Verão vou tentar ter mais um fim-de-semana livre (coisa muito dificil por estes lados) e vou tentar combinar contigo uma passeata, e claro as Marias também vão.
Um abraço
Grande passeio!
ResponderEliminarAchas que posso mostrar a foto da Vespa pendurada na Horta?
Ranger penso que sim, pois acho que não virá mal nenhum por divulgares a tal foto, aliás até aumentará a curiosidade por quem passar por aqueles lados!
ResponderEliminarAqui estou depois da curiosidade me ter feito vir acabar de ler o resto do passeio, formidável.
ResponderEliminarE palavras par quê? è Vespa e tá tudo dito.
A volta quse me faz lembrar o meu regresso de Faro pois tb eu arranquei cerca das 8h30m e lá vem ela até Sintra calmamente, onde cheguei cerca das 18h, depois de um dia inesquecível de viagem.
Amigo um abraço e até algum encontro por aí.
Referencia a minha vespa até há pouco tempo era a unica pintada de azul/branca Vespa 50 FL2
Olá Amilcar
ResponderEliminarComo sempre digo, não é a moto que faz o motociclista, mas sim o contrário, pois o que interessa é o que cada um sente e gosta de fazer independentemente da cilindrada da sua máquina.
Tal como os homens não se medem aos palmos, tb as motos não se medem pelos cv que possuem.
Repara, a tua Vespa já foi a Faro e quantos motões é que estão fechados na garagem e só andam para que o dono vá ao café mostrar aos amigos que tem uma grande máquina.
Ah pois é, o espírito motociclista não se aprende, é algo que já nasce com a pessoa.
Abraço