terça-feira, 25 de agosto de 2015

Contacto – Honda SH 125 Mode (A pulguita saltitona)



Lá diz o povo com toda a sua enorme sapiência que a mulher quer-se “pequena como a sardinha” e nós acrescentamos “tal como algumas scooters"!

Neste caso em particular, estou a referir-me ao elemento mais pequeno da família SH da Honda, a Mode.
E sendo da mesma família as parecenças são mais do que óbvias apesar de ser uma scooter mais pequena, tanto nas dimensões como no peso e isso sente-se bem quando nos instalamos a bordo e principalmente quando começamos a rodar, destacando-se o seu baixo peso, tornando bastante fácil a condução mesmo para pessoas de baixa estatura ou com pouca ou nenhuma prática, pois tal como é habitual na Honda, também a condução desta scooter é “user-friendly”.



No entanto, não pensem que por estarmos a falar de uma scooter que poderá ser o acesso ideal ao mundo das duas rodas e por isso mesmo uma scooter muito simples e até básica, não está ao nível das restantes, no que diz respeito à qualidade de materiais e da montagem dos mesmos. Aqui e não querendo ferir suscetibilidades noutras marcas, terei que dizer que estamos perante uma Honda… mesmo quando estamos a falar numa scooter de gama baixa como é esta SH Mode.
Bons plásticos, sem as normais” “rebarbas” que costumamos encontrar em modelos semelhantes de outras marcas e excelente montagem, tudo muito justinho, sem falhas ou desnivelamentos, incluindo as zonas que não estão à vista, como por exemplo debaixo do assento.



O painel de instrumentos segue naturalmente a linha "SH" possuindo o que é preciso numa scooter destas, ou seja as informações básicas sobre o motor, luzes, combustível, velocidade e odómetro, luz indicadora do Start & GoGo (Paragem do Motor ao Ralenti), incluindo ainda um relógio.


Quanto a locais de arrumação, apenas podemos contar com o “met-in” debaixo do assento e mesmo aí nem todos os capacetes cabem. Cabe com facilidade um capacete do tipo Jet e também consegue-se lá encaixar um integral desde que não seja de nenhum “cabeçudo”, como eu!



Quando nos sentamos pela primeira na Mode a primeira impressão com que ficamos é que o espaço para a colocação das pernas e pés é demasiado pequeno. Sim, é verdade, temos menos espaço que na SH 125 “normal”, contudo, quando comecei a circular e durante os dias em que a tive na minha posse, numa mais me lembrei dessa falta de espaço. No entanto, tenho de dizer que apenas a usei em pequenas distâncias e sobretudo em circuito citadino daí provavelmente não ter sentido a necessidade de ter mais espaço para as pernas. Em percursos maiores, aí sim prevejo um maior desconforto.



Em relação ao motor que equipa a Mode, é um “velho” conhecido, proveniente da SH 125i que por sua vez é derivado do motor da PCX e quando citamos o nome desta última, pouco poderemos dizer que já não se saiba. Assim sendo, estamos perante o conhecido motor de um cilindro a quatro tempos, refrigeração líquida e 125 cc, que na Mode debita 11 cv às 8500 rpm e um binário máximo de 12 Nm às 5000 rpm.



A arquitetura-base deste motor que possuí o inovador sistema “eSP” (enhanced Smart Power - Potência Inteligente Melhorada) centra-se numa construção à volta de várias tecnologias de baixa fricção, trabalhando todas em conjunto para minimizarem os consumos e maximizarem a entrega de potência. E prova disto mesmo são os baixos consumos que se conseguem fazer, sempre na casa dos 2 litros – mais pinguinha, menos pinguinha – com a grande ajuda do sistema “Start & Go”.

Olhando para os 5,5 litros de capacidade do depósito de combustível, somos levados a pensar que vamos passar a vida nas bombas de gasolina, mas não é isso que na realidade acontece, pois por culpa do “apetite de pisco” da SH 125 Mode, conseguiremos rodar folgadamente mais de 200 quilómetros até que vejamos a luz da reserva a acender e isto sem cuidados especiais na condução.



Mal começamos a rodar vem imediatamente à lembrança a SH 125i, tais as semelhanças das sensações transmitidas em andamento.
É lesta no arranque e nas recuperações e conseguimos rodar com grande à vontade até aos 90, 95 km por hora, notando-se que a partir daí e até chegar à velocidade máxima que atingimos em reta, após alguma insistência (105 km/h), que estamos perante um motor mais limitado no que diz respeito às prestações, quando comparado com a SH 125i.



É verdade, a Mode não nasceu para circular nas vias rápidas e autoestradas, mas sim para arrasar nas cidades e quanto mais trânsito, mais satisfeitos ficamos por estarmos a conduzir esta peso-pluma. 



Nos semáforos, é rápida q.b. para deixar os automóveis para trás e nas filas, é uma pulguita, tal a forma como “saltamos” com ela de um lado para o outro, sempre com grande desenvoltura e acima de tudo segurança, pois não nos podemos esquecer que a Mode está equipa à frente com um travão de disco de excelente tato e atrás com um travão de tambor que apesar de algo ultrapassado, com a ajuda do CBS, proporciona uma travagem que chega e sobra para as dimensões, peso e performances desta scooter.


A “pulguita”, ops, desculpem, a Honda SH 125 Mode tanto é a scooter ideal para quem se inicia nestas lides das máquinas de duas rodas, como para quem pretende uma scooter para rapidamente se deslocar dentro das grandes urbes ou no habitual percurso casa-trabalho-casa, desde que isso não obrigue a percorrer distâncias maiores, pois para isso a “mana mais velha”, a SH 125i será então a melhor opção.

Características Técnicas
Motor – Monocilíndro a 4 tempos, 2 válvulas, com refrigeração líquida.
Cilindrada – 125 cc
Potência – 11 cv às 8.500 rpm
Binário máximo – 12,0 Nm às 5.000 rpm
Ralenti – 1.700 rpm
Capacidade de óleo – 0,9 Litros
Alimentação – PGM-FI (Injeção eletrónica)
Consumo de combustível –  2,1 Litros / 100km (2,0L/100KM modo Start/Stop)
Transmissão – Automática  V-Matic
Quadro – Tubular em aço tipo berço
Dimensões (CxLxA) – 1.930 x 665 x 1.105 mm
Distância entre eixos – 1.305 mm
Altura mínima do assento – 765 mm
Altura mínima ao solo – 145 mm
Suspensão
Dianteira – Telescópica
Traseira –
Unidade de braço oscilante
Pneus
Dianteiro – 80/90 16M/C 43P
Traseiro – 100/90 14M/C 57P
Travões
Dianteiro – Disco (220 mm)
Traseiro – Tambor (130 mm)
Depósito do combustível – 5,5 Litros
Peso (em ordem de marcha) – 116 kg

Carlos Veiga 

2 comentários:

  1. Aquela coisa de só ter um amortecedor atrás não incomoda?

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    1. Não incomoda nada. Se obsrvar, a maoria das motos possui apenas um amortecedor traseiro e melhora em muito a estabilidade.

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