A pouco e pouco vão sendo revelados mais detalhes do violento acidente sofrido por Robert Kubica no Rali «Ronde di Andora», em Itália.
Jakub Gerber, co-piloto de Robert Kubica, explicou os detalhes do acidente que deixou o piloto polaco em estado muito grave. "Sabíamos que o piso estava um pouco escorregadio devido à humidade e estávamos preparados para enfrentar essas condições. Depois de derrapar, o carro foi contra o primeiro rail de proteção e depois bateu no segundo...", começa por referir Gerber, que saiu ileso do acidente. "O rail entrou pelo carro e foi mesmo contra o Robert. Vi logo que era grave... Ele tinha também uma nódoa bastante negra debaixo do olho por ter batido contra o volante. Depois disso, o Robert desmaiou e eu tive de sair pela janela porque a porta ficou presa", acrescentou.
O italiano Mauro Moreno foi o primeiro piloto a passar na zona do acidente e foi através do seu co-piloto que foi feita a primeira chamada para alertar os bombeiros e a organização. "Foi um cenário horrível. Chamei-o várias vezes, mas ele não respondia. O rail estava todo dentro do habitáculo.
Perguntei ao co-piloto se ele estava bem e ele disse que não qualquer problema. Fiz o mesmo com o Robert mas não valeu de nada. Ele estava inconsciente e não conseguia falar", referiu Mauro Moreno.
Robert Kubica fora de competição por um ano
O polaco Robert Kubica demorará cerca de um ano para recuperar a plena utilização da mão direita, de acordo com o cirurgião que operou o piloto de Formula 1 após o acidente de domingo num rali, em Itália.
Kubica, de 26 anos, foi operado durante a tarde, num hospital perto de Génova, depois de ter sofrido um acidente no rali «Ronde di Andora», quando o Skoda Fabia S2000 que pilotava saiu de estrada e embateu no muro de uma igreja.
O cirurgião especialista na reconstituição de mãos Igor Rossello disse à Sky Itália que levaria cerca de um ano para Kubica recuperar a funcionalidade da mão dieita, que ficou bastante danificada. “Eu não quero ser demasiado optimista, mas esperamos um bom resultado”, adiantou Igor Rossello, que espera que o piloto consiga recuperar as capacidades para voltar a conduzir ao mais alto nível.
O cirurgião explicou que o processo da reconstituição da mão direita do piloto polaco foi “muito complicado”, uma vez que implicou a recuperação dos ossos e a ligação de veias, músculos e tendões.
Rossello adiantou ainda que Kubica, que ficou encarcerado na viatura, perdeu muito sangue e que já tinha sofrido um acidente na mesma mão, que levou a aplicar parafusos de titânio para juntar os ossos.
O cirurgião é cauteloso quanto à avaliação da extensão da lesão e alerta que a época de Robert Kubica ao serviço da Lotus-Renailt está praticamente perdida, uma vez que arranca a 13 de Março, no Bahrain.
Fonte: AutoPortal (IOL)
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