terça-feira, 28 de maio de 2013

Automobilismo em Angola

O acidente com o piloto português Luís Almeida no Grande Prémio de Benguela, que vitimou duas pessoas e deixou 17 feridas, veio levantar de novo a questão em torno da segurança nas provas de automobilismo. 

As autoridades locais e, posteriormente, a Federação Angolana dos Desportos Motorizados (FADM) garantiram que uma desobediência dos espectadores, que assistiam à corrida numa das escapatórias, zona proibida, esteve na origem da tragédia. A questão que se levanta prende-se precisamente com a formo como se podem controlar as cerca de 200 mil pessoas que estavam nas ruas de Ombaka a assistir à prova, num domingo que era de festa pela comemoração do aniversário da cidade.

A maioria das corridas que se realizam em território angolano fazem-se em circuitos citadinos. Em Benguela é prática comum e as pistas improvisadas mostram que as condições de segurança deixam muito a desejar. 

Não há bancadas e os espectadores assistem em cima de muros ou nas bermas da estrada. O piso está longe de ser ideal. No primeiro vídeo, que mostra uma corrida em Namibe, vê-se que o carro atravessa, inclusive, uma zona com carris de comboio. Ora, quando as máquinas atingem facilmente os 200km/h, num piso tão irregular, não é difícil perceber que os acidentes podem acontecer com alguma frequência. 

O país possui apenas dois autódromos que carecem de obras de renovação, pois foram construídos ainda no tempo do domínio português em Angola. 


Fonte: Autoportal


Neste vídeo é possível ver como são realizadas as corridas por aqueles lados...




Segurança? Rails? Escapatórias? são palavras desconhecidas por aquelas banda.


Na minha opinião a culpa também é dos pilotos que arriscam a competir nestas condições!


Segundo parece após o acidente, o piloto português foi gravemente agredido por por populares que chegaram ao ponto de o meterem dentro do seu Porsche 911 GT3, regando-o com gasolina, para o queimarem vivo. Valeu entretanto a chegada rápida das autoridades ao local que salvaram o piloto português.


2 comentários:

  1. estes acidentes sempre aconteceram em circuitos de cidade como este.Caberia as autoridades zelarem pelo cumprimento da seguranca, sendo assim os primeiros responsaveis. A lamentar as mortes e feridos, mas a violencia desnecessaria e SELVAGEM para com um piloto que certamente seria aplaudido pelos espectadores que sofreram com o acidente e ainda mais LAMENTAVEL

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  2. Realmente as provas são feitas sem condições de segurança, mas um piloto, especialmente europeu, que aceita correr nestas condições tem muito pouco respeito pela vida humana. É óbvio que as pessoas vão estar nos sitios errados, é óbvio que se houver um problema certamente alguém acabará ferido ou morto. A única diferença entre isto e street racing é que toda a comunidade sabe que irá acontecer e a policia ainda vai lá estar para apoiar o evento. Lembram-se daquelas camapanhas rodoviárias que avisam que um carro é uma arma ?... Pois...

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