Correia de transmissão da Valentina.

Ora cá estou eu para vos falar da correia de transmissão da Bando que coloquei na Valentina, aos 60 mil km.

Como muitos se devem lembrar (e como podem ler aqui: http://gostodescooters.blogspot.pt/2012/11/cuidar-da-valentina.html) resolvi experimentar uma correia da Bando na minha GTS.

Para quem não sabe a Bando é uma das principais marcas de correias do mundo e fornecedor de muitas marcas, entre as quais a Sym e a Honda. Ou seja, a correia de origem Sym é fabricada pela Bando. E é precisamente aí que a "porca torce o rabo"!
A correia de transmissão original Sym (que é fabricada pela Bando!), para a Sym GTS 300i EVO, custa +/- 127 €.

E a correia que coloquei agora na minha GTS custou-me 57 €!

Atenção a duas coisas:

1ª  Estou a fazer esta experiência, porque acho um exagero o que custa a correia da GTS 300, sabendo que, por exemplo, uma correia da SW 400 da Honda, custa quase o mesmo, também é da Bando e dura mais de 20 mil km!

2ª Apenas agora, que a Valentina  já tem mais de 3 anos é que lhe estou a colocar material, que não de origem, apesar desta correia ser fabricada no mesmo local das correias "Sym". Ou seja, enquanto a minha GTS esteve na garantia só levou material de origem e é isso que aconselho todos a fazerem. Qualquer tipo de experiência só deve ser feito após garantia, pois algo pode correr mal, vão pedir a garantia e depois... a marca (como qualquer outra!) faz-vos um manguito e mto bem feito!

Voltando à correia de transmissão da Bando.

Na altura, quando se estava a fazer a troca, o mecânico da Migtec, chamou-me a atenção que esta correia poderia ser um ligeiramente mais curta que a de origem.

Realmente, colocada uma sobre a outra, notava-se bem a diferença. Perguntei-lhe se tal não se devia ao facto da correia que agora estava a ser mudada já ter mais de 15 mil km. Ele disse que sim, estava mais larga, mas que mesmo assim achava que a correia da bando poderia ser ligeiramente menor, não na largura, mas no diâmetro!

Na altura disse-lhe para a montar mesmo assim, e se tudo funcionasse bem... iria usá-la na mesma.

Infelizmente, devido à muita chuva, e a ter andado muito ocupado, só nos últimos dias é que realmente fiz alguns km na Valentina e já a pude experimentar nas mais diversas situações.

Ora bem, vamos ao que interessa:

Arranque -

Quando o motor está frio, o ralenti está +/- à volta das 2 mil rpm e quando está quente, algures entre as 1750/1850 rpm.

E se vos disser que com esta correia, o arranque é feito logo por volta das 2200 rpm e não por volta das 2500/2600 rpm como é normal?

Logo aqui se nota diferença. Mas o  melhor ainda está para vir.

Em andamento -

Normalmente, às 6000 rpm a Valentina vai a 100 km/h, às 7000 a 120 km/h, às 8000 (entrada do redline) a 140 km/h e quase, quase nos 150 km/h, quando se dá o corte, nas 8500 rpm.

E o que acontece agora?

Que tal se vos disser que ganhámos +/- 400/500 rpm?
Ou seja, agora (e a velocidade estabilizada) às 5500/5600 rpm vai a 100 km/h, às 6500/6600 rpm vai a 120 km/h, às 7500/7600 rpm vai a 140 km/h e... quando se dá o corte, ás 8500 rpm, passa ligeiramente dos 155 km/h!

Não se esqueçam que tal como antes, a velocidade máxima é atingida a descer e não em reta. Em reta passa ligeiramente dos 140 e por aí se fica.

O mais importante é que isto acontece sem que haja perda, por exemplo, no arranque ou a subir. Aliás, até fiquei com a impressão que a subir ela mantém agora melhor a velocidade do que anteriormente, mas é algo que tenho de fazer mais algumas experiências para ter a certeza absoluta, pois ainda não tive a oportunidade de passar no local onde faço este tipo de experiência, que é na subida dos Cabos D'Avila.

De qualquer forma é notável a diferença que se sente, pois existe um ganho de 500 rpm.

Quantos aos consumos também ainda não verifiquei se existem diferenças, pois como escrevi no inicio deste texto, tenho andado pouco de scooter. No entanto, penso que nos primeiros dias de Janeiro irei dar uma voltinha com a Valentina e aí sim poderei confirmar tudo o que escrevi (ou não!) e tb falar sobre os consumos.

Resumindo, além da enorme diferença de preço, o comportamento desta corrente é melhor que a de origem, faltando apenas saber como será o seu comportamento a "long time", e principalmente a sua fiabilidade.